Empresas de todos os segmentos sentem a necessidade de adaptações para estratégias lucrativas de sanar as despesas fixas, bem como a relação empregado e empregador. Elas são clientes do impacto brutal da economia que a América Latina enfrenta devido ao coronavírus, acarretando a recessão no mercado em 2020 que poderá ser a pior crise financeira em comparação a global da década passada.
O Mercado de Healthcare
Direcionaremos aos hospitais privados que terão a estimativa de queda mensal de R$ 800 milhões neste período de pandemia, e até mesmo o próprio conceito de Healthcare que tem a filosofia de gestão, estão sofrendo imensamente com esse impacto, cuja sua maior importância engloba todos os cuidados preventivos, curativos ou paliativos com a saúde física e mental.
Essa cadeia vem sendo massacrada dia após dia, e nas últimas semanas o Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais emitiram orientações para que os hospitais privados (exceto oncológicos, psiquiátricos e maternidades) reduzissem as cirurgias eletivas (aquelas que não têm urgência) e internamentos não emergenciais. O direcionamento faz parte do plano de ação para que leitos estejam disponíveis para uma possível alta nos números de pacientes com COVID-19.
Além de afetar o faturamento, há um agravante: os hospitais oferecem um serviço essencial, poucos podem dispensar ou dar férias para as suas equipes, como outras empresas, estas deixam ainda mais exposta o problema de receita x faturamento, em meio à essa crise. Por experiência própria, durante uma internação em grande hospital particular de São Paulo, no andar em que fiquei havia um efetivo dobrado, pois o hospital foi obrigado a fechar quase 40% dos leitos disponíveis, realocando enfermeiros e técnicos para outros postos.
Custos fixos
Quando falamos de custos fixos, alguns podem ser contidos e outros não. Para as instalações dos hospitais, o consumo de energia é um dos maiores e as falhas de equipamentos podem ser ameaças catastróficas. Neste momento em que estamos passando, onde os orçamentos estão sob uma grande pressão e análises minuciosas, é necessário reduzir com segurança o consumo, eliminar o desperdício e prevenir falhas.
O monitoramento de energia no nível do dispositivo fornece aos meios de saúde uma maneira de ajudar a prever a falha do equipamento, identificar padrões de uso de energia e fornecer informações sobre reduções efetivas para liberar recursos para outras áreas críticas.
Os hospitais precisam ter metodologias de análises para garantir essas reduções e uma dessas maneiras é o monitoramento de energia. Isso pode ser em diversas camadas, desde quadros elétricos até mesmo equipamentos individualizados, dependendo do seu grau de criticidade ao seu processo.
Análises preventivas
Os dados coletados e tratados nesses casos podem gerar uma massa interessante, revelando padrões de comportamento de uso e tendência, que podem trazer insights de manutenção preventiva e identificação de problemas antes da ocorrência de falhas, trazendo uma inteligência no processo de manutenção sendo um ganho extra na economia.
Além dos ganhos em economia, o monitoramento do status do equipamento e alertas em tempo real nos hospitais refletem em uma melhoria financeira e, com as métricas operacionais referentes à energia, garantem a excelência operacional contínua. Isso porque os dados extraídos do sistema fornecem ferramentas gerenciais aos gestores para otimizar processos e procedimentos, uma forma de trazer a tecnologia como meio para melhoria contínua, fator fundamental nas mais modernas metodologias como o Six-Sigma.
Outro ponto a ser colocado é que algumas instituições de saúde têm dificuldade em correlacionar os custos de energia elétrica aos centros de custos de seus produtos como, por exemplo, exames, centros cirúrgicos, UTIs, entre outros. É possível resolver isso com o sistema de monitoramento, apenas acrescentando um módulo de rateio de custos.
Análises de comportamento
Ao analisar os padrões de consumo de energia dos dispositivos, é possível verificar como os hospitais estão se comportando com relação à anomalias nos equipamentos, performance sem controle ou sobrecargas e monitoramento remoto no nível de dispositivo. Dessas análises, é gerado um banco de dados e constantes atualizações onde são feitas comparações dos equipamentos, gerando assim alertas de manutenção preventivas. Esses alertas têm como principal característica mitigar os riscos de paradas, economias em manutenção e otimização de mão de obra especializada, além de tornar o processo de manutenção proativo.
Quando as instituições de saúde têm mais de uma instalação de saúde, dados podem ser avaliados para fazer comparações entre unidades, descobrindo sistemas que não estão funcionando corretamente, detectando desperdícios escondidos, ineficiências profissionais e assegurando que o equipamento seja otimizado e efetivo.